Nosso conto de fadas diferente!

"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida."
(Carlos Drummond de Andrade)

"E finda-se o tempo da espera"...
Acho que achei o famoso príncipe encantado. E o que fez dele tão encantado assim foi, exatamente, a falta de encanto. E de tanta falta de beleza na nossa história ela acabou se tornando a mais bonita de todas. Tá meio engraçado isso né. Mas foi assim que aconteceu.
Duas pessoas COMPLETAMENTE diferentes. Desde a cor dos olhos, o gosto pela música até o jeito de conversar e os passatempos.
Eu que sempre busquei alguém semelhante, no fim, achei a metade da laranja mesmo...rs
Ele que não tinha cavalo me botou na garupa de uma moto um dia, me levou num lugar alto onde tinha uma árvore grande, me sentou lá em cima e disse que me amava. Ele que não tinha espada me deu uma faca e me ensinou a cortar as batatas direito (rs).
Ele que não falava bonito, que não tinha paciência comigo, que nunca dizia poesias, olhou nos meus olhos e disse, do jeitinho bem particular dele, que me queria pro resto da vida. Taí, eu acreditei. E agora pintei nós dois assim: um conto de fadas bem diferente. Onde a demanda de princesas era grande e o príncipe um só. E a princesa guerreira aqui, fez tudo que achava que era certo, tudo o que sentia, foi ela mesma, exatamente como tinha que ser. Isso porque ela sabia que se não fosse honesta com ele não poderia fingir ser o que não é por muito tempo. As mascaras caem e ela sabia disso. Nessa história a princesa é que tinha a espada e o cavalo. Foi ela que enfrentou os dragões com as próprias mãos e que salvou o príncipe tirando-o da torre. Foi a princesa, que meio sem jeito e meio com vergonha, chorou bastante quando disse que o amava. E chorou ainda mais quando ele disse o mesmo. Ela era que o acordava com o beijo. Mas era ele quem cozinhava.
O príncipe achou o que procurava: um princesa nada convencional.
Ela era bem brava, corajosa e sabia fazer uma baita cara feia. Ela era a fera, o bicho, um anjo e a mulher da vida dele. Batia nos dragões e fazia corações pra ele com folhas de árvore. Era ela quem dava as flores e as cartas de amor. Mas a princesa era alegre e adorava faze-lo rir. Ainda mais quando ele ficava de mau-humor ou triste. O principe gostou disso. Ela contava piadas. Contava histórias. Ela lhe ensinava gramática e ele sobre natureza. Ele lhe ensinou um jogo de baralho que chamava "Cu" e ela ia lhe ensinar o famoso poker. Ele a levou na rave e ela o levou pra fazenda. Ela queria ler todos os livros e ele aprender a voar. Mas os dois queria morar na praia, ter um cachorro e filhos de olhos azuis. Contanto que tivesse uma prancha pra ele surfar e um papel e um lápis pra ela desenhar. Os dois sabiam que o final pra eles ia ser feliz, desde que se olharam pela primeira vez. E nada podia separá-los. Enquanto o príncipe não tinha coragem de dizer o que sentia a princesa adivinhava pra ele. Mas aí ele aprendeu como era... e ela se apaixonou. E os dois resolveram que tudo que não desse certo eles sempre começariam de novo e resolveriam as diferenças.
E todo mundo dizia que eles foram feitos um pro outro. E os dragões perceberam que não iam conseguir acabar com o amor daquela princesa e daquele príncipe.
Eles combinavam, se completavam... e não bastava o compromisso... valia mais o coração!
E assim, viveram felizes (e juntos) para sempre!

Para Riccelli.
Amo você mô!