terça-feira, 6 de outubro de 2009

E lavar a alma não tem preço!



Teve um dia desses que precisei sair mais tarde do trabalho e por azar acabei sendo surpreendida por uma baita chuva. Um toró daqueles.
Só consegui pegar o ônibus quando já estava ensopada.
O trânsito estava um caos, pra variar. E eu aproveitei pra ficar observando as pessoas nas ruas ali do centro (viajando na amionese como sempre), enquanto o ônibus não saía do lugar.
Haviam MUITAS escondidas embaixo de marquizes. Outras, previnidas como só elas, armavam seus guarda-chuvas. E as que, como eu, corriam ou até caminhavam normalmente sem se importar com o aguaceiro de São Pedro. Por falar Nele, até li isso num Blog outro dia...não me recordo qual, minha mãe também me acalmava dos sustos que eu tomava com os trovões dizendo que Deus e São Pedro estavam mudando os móveis de lugar. Eu bem que acreditava. Talvez até seja verdade. Resolveram dar uma faxina geral no céu, jogaram água com a mangueira celestial e trocaram tudo de lugar lá no andar de cima. E a gente aqui é que sofre. Imagina a situação do Sete Pele aqui embaixo no Quinto dos Infernos? Tá Se fosse verdade era tudo uma bagunça.
♫ ♪ "Eu vou chamar o síndico: -Tim Maia.. pãrãrãpãpã" ♫ ♪
Mas voltando ao assunto dos humanos. Olhando todas aquelas cenas me veio uma comparação besta na cabeça. Mas que me fez (faz) algum sentido: aquelas que se escondiam da chuva, tirando as que REALMENTE não poderiam se molhar, são os medrosos, os que não se arriscam e não enfrentam os obstáculos do nosso dia-a-dia. O que colocam os problemas embaixo do tapete e não arregaçam as mangas (calças) pra ir à luta (na enxorrada..rs). Esses desistem das fases ruins, muitas vezes, sem nem ao menos tentar.
Os que portavam seus guarda-chuvas imponentes, como já disse, são os precavidos. Aqueles que possuem soluções rápidas e sensatas para os problemas. Nada os aflige pois sempre têm um remédio para tudo. Literalmente. São aqueles que têm na bolsa aspirinas, lenços de papel, batons de várias cores diferentes, canetas, cartões de visita, vacina e até mesmo aquele de crédito que já venceram ou foram bloqueados há 3 meses. Esses molhavam um pouco os pés. Mas as situações dificeis são assim mesmo e, provavelmente, teriam um par de meias limpas ou chinelos escondidos em algum canto da bolsa. Mas pelo menos os cabelos se salvariam.
Já os impulsivos, aventureiros, apressados e/ou irresponsáveis mais felizes (o meu caso), corriam feito doidos. Ou somente caminhavam sem pressa alguma. Ficando, assim, encharcados. Daí eu comecei a me perguntar se a gente se molha mais correndo ou andando no toró? É até besteria correr já que assim encontro muito mais gotas no caminho. Logo andando provavelmente encontrarei bem menos. rss
Enfim, não digo isso pelo fato de eu também ter tomado chuva. Mas achei tão interessante essa despreocupação com as consequências, essa meteçãodecara e a "pão duragem" para comprar uma sombrinha. Mas isso ai não é pra menos. Já perceberam a inflação na hora do pé d'água? O guarda-chuva que custava R$5,00 no sol fritante passa a custar R$15,00 na hora do aperto. Imagina o lucro? Quem dera eu ser guardachuveira..rs
Mas o legal mesmo é que todos sorriam. Eram turmas de amigos, casais de namorados... Todos riam muito da situação. A garota olhando seu reflexo no carro estacionado, morrendo de rir do cabelo esgadanhado.
Penso que existem obstáculos que devem ser enfrentados. Botar a cara pra bater mesmo e ir atrás do seu objetivo. Nem tudo precisa ser tão ruim assim. É necessário enxergar um outro lado das coisas. E toda experiência, pra mim, é válida. Seja ela boa ou ruim é sempre um aprendizado. Já dizia Jabour: "A idiotice é vital para a felicidade"
E lavar a alma, cá entre nós, não tem preço.
O que aprendi mesmo com isso tudo foi a escutar mamãe ( que é do grupo dos precavidos ):
- Você vai acabar pegando uma baita gripe menina!!!
Foi exatamente o que aconteceu.
CONCLUSÃO: Praga de mãe SEMPRE pega!

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Um conselho DO cara:
"Ao tomar uma decisão de menor importância, eu descobri que é sempre vantajoso considerar todos os prós e contras. Em assuntos vitais, no entanto, tais como a escolha de um companheiro ou profissão, a decisão deve vir do inconsciente, de algum lugar dentro de nós. Nas decisões importantes da vida pessoal, devemos ser governados, penso eu, pelas profundas necessidades íntimas da nossa natureza."
(Sigmund Freud)

3 comentários:

  1. Também senti isso ontem. Eu fiquei morrendo de vergonha de entrar no ônibus parecendo uma mendiga descabelada, mas quando entrei tava um pior que o outro, (acho que eu era ujma das melhorzinhas)sem contar o cheiro, cachorro molhado misturado com guarda-chuva mofado, daqueles que ficam guardados um tempão.
    Moral: Naum importa a situação, tem sempre alguém pior do que vc.
    Mas que bom que tudo passa, foi horrível!

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  2. Eu me sinto em casa aqui =)

    Posso falar? Sou do grupo dasquetemchapidinhaeporissonãopodemsemolhar!

    Mas eu fico igual menino pequeno, olhando a chuva, looouca pra me molhar, sentir o vento, me entregar ao momento. E aí... taran! Sua comparação está certinha. Sou bem assim mesmo, louca pra jogar tudo pro ar e curtir mas sempre tem uma vozinha por dentro dizendo "não, não, não, vai dar merdinha"! Maldito juízo que me persegue!

    Você tem toda razão, Lets!

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  3. Nuss, acho q peguei a mesma chuva q vc... nesse dia a chuva me pegou no meio de um viaduto, eu n tinha pra onde correr, era carro q passava e jogava agua em mim, agua de todos os lados, enfim a primeiro momento eu comecei a correr, enquanto todo mundo com o guarda-chuva, mas n sei oq me deu... uma coisa me dizia q eu precisava pegar akela chuva, e quer saber, foi a melhor coisa q eu fiz.. parecia q a minha alma toda tinha literalmente se purificado com akele dilúvio, esqueci dos problemas, dos horários, das pessoas ao redor.. era um momento so eu e a chuva... e foi demais...
    e olha q eu sou da tribo dos prevenidos.. srrsrs

    lê.. adorei seu blog.. n sei se vc lembra mais de mim, sou a pri do tomás, recorda?? srsrrs...
    muitas saudades tah...
    bjao...

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